terça-feira, 20 de outubro de 2020

 

Sintaxe de Regência

 Sabrina Markoski

Vamos trabalhar a sintaxe de regência em três posts, este, o primeiro, será uma introdução. O segundo trabalhará a regência nominal e o terceiro, a verbal.

O que é sintaxe? Sintaxe é uma parte da gramática que “estuda as palavras associadas na frase”. (CEGALLA, 2008, p. 317)

Então, a sintaxe de regência estuda e explica “as relações de dependência que as palavras mantêm na frase”. (CEGALLA, 2008, p. 483). Ou seja, iremos entender como um termo rege outro que o complementa, isso é a regência.

Existem dois tipos de regência, a nominal e a verbal, a primeira trata dos nomes (substantivos e adjetivos) e a segunda trata dos verbos. Vejamos dois exemplos:

A professora tem necessidade de avaliar os alunos à O termo regente é “necessidade”, que é um nome (substantivo), então temos aqui regência nominal.

Vamos à libraria à O termo regente é “vamos”, que é um verbo, nesse caso temos regência verbal.

Em um período encontramos os termos regentes, os quais também chamamos de subordinantes, porque eles subordinam outros termos. E os regidos ou subordinados, pois esses se subordinam aos outros termos, completando ou ampliando seus sentidos.

·         Regentes/Subordinantes: substantivos, adjetivos e verbos;

·   Regidos/Subordinados: complemento verbal, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial, agente da passiva, etc.

As preposições são muito importantes para a sintaxe de regência, já que em muitos períodos ligam os termos regentes aos regidos. Ocorre também, a regência por meio de conectivos subordinativos, que são as conjunções subordinativas causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, temporais, finais, consecutivas (indicam consequência), proporcionais e integrantes. E há ainda, os períodos com objeto direto, nesses casos, não há preposição ou conjunção ligando o termo subordinante ao subordinado.

Agora, vamos observar alguns casos específicos de regência.

“O sujeito nunca é regido de preposição. Entretanto, por eufonia, pode-se contrair a preposição de com o sujeito, ou seus adjuntos, em orações reduzidas de infinitivo:

Antes de o sacerdote iniciar a missa, os fiéis entoaram cantos. Ou:

Antes do sacerdote iniciar a missa, os fiéis entoaram cantos.” (CEGALLA, 2008, p. 484)

“O modo dele falar soou-me agressivo.” (RAQUEL DE QUEIRÓS)

Já quando o sujeito é o pronome eu, não ocorre contração:

No caso de eu não conseguir, por favor, me ajude.

Agora, lembremos do objeto direto. Sabe-se que ele se liga ao verbo sem necessidade de preposição, porém um objeto direto pode ser preposicionado:

“O marido era rico, e ela em escrúpulo arruiná-lo-ia, a ele e ao papá Monforte.” (EÇA DE QUEIRÓS)

Quando há objeto indireto este termo é regido por preposição implícita ou explícita. A preposição é implícita em pronomes objetivos indiretos: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.

Ele cuida-me = Ele cuida de mim;

Eu obedecia-lhe = Eu obedecia a ele.

“As orações objetivas indiretas normalmente são regidas pela preposição:

Gosto de que vivam felizes.

Lembra-te de que a vida é breve.

Persuadi-os a que fugissem.” (CEGALLA, 2008, p. 485)

Porém, os escritores costumam omitir o nexo prepositivo:

“Não se dignou abrir os olhos.” (J. GERALDO VIEIRA) [= de abrir os olhos]

“Esqueceu-se que tenho cinquenta anos? (CAMILO CASTELO BRANCO) [= de que tenho...]

Lembrete: a norma-padrão indica a não omissão da preposição.




Referência: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Inglês

 Modal Verb Will

João Tiago Gaspar Cozechen

O verbo modal will no inglês é muitas vezes usado para indicar o futuro e quando usado é seguido do verbo principal no infinitivo assim como no exemplo seguinte.

The doctor will call next week to check on your progress.


Ele também pode ser abreviado na forma ‘ll.

I 'll see him tomorrow.


Sua forma negativa pode ser tanto will not quanto sua forma abreviada que é won’t.

It won't be easy to find another secretary.

It will not take too much time to finish this project.


Quando usado para fazer perguntas, will vem antes do pronome ou nome e não necessita ser usado com o verbo auxiliar do, assim como pode ser observado na seguinte construção.

Will Susie be there?


Usos comuns do verbo de modo will:

  • Certeza de um futuro

Will usado para indicar um futuro certo, como quando perguntamos para uma criança se ela terá 5 anos no próximo ano.

Will you be 5 next year?


  • Usado para fazer previsões

Ele pode ser usado para quando fazemos previsões do futuro, como quando achamos que vai chover, mas não temos nem uma prova cientifica de que isso ocorrerá e nossa previsão se baseia na nossa pura opinião.

I think it’ll rain tomorrow.


  • Usado para falar sobre uma decisão.

Will é usado para falar de uma decisão feita no momento da fala, como quando não tem comida na geladeira, a pessoa vê, ela diz que vai comprar comida.

I will buy some food. (depois de ver a geladeira vazia)

Se não for no momento da decisão, você pode usar going to em vez de will.


  • Usado para fazer ofertas, pedidos, ameaças e promessas.

Esses são algumas outras possibilidades que o verbo will é usado, podemos ver nos seguintes exemplos:

I’ll show you where to go. (oferta)

Will you pass me the salt? (pedido)

If you cheat again, I’ll tell the teacher. (ameaça)

I’ll be there for you. Don’t worry. (promessa)




Referencias: 

https://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/will

https://www.english-at-home.com/grammar-how-to-use-will/#:~:text=We%20can%20use%20%E2%80%9Cwill%E2%80%9D%20to,%2C%20offers%2C%20requests%20and%20threats.


 

Normas Gramaticais: 5 dicas para usar

Crase

                                                         

Oque é?

É a união/fusão de uma preposição A com o artigo feminino A e com o A de início de pronomes. Sempre que houver esses casos, o fenômeno será indicado pela presença do acento grave ou acento indicador de crase. 

 

Quando usar?

1.     A crase deve ser usada diante de palavras femininas;

 

Exemplo:  Fui à escola / Fui à praça

 

Caso houver a dúvida onde colocar o acento grave, substitua a frase feminina por uma masculina.

          Exemplo:

As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.

As amigas foram ao encontro de final de ano da empresa.

                                                                                              

2.     Utilizar a crase em expressões que indiquem hora;

     Exemplo:

Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.

Às três horas começaremos a estudar.

Mas quando as horas estiverem antecedidas das preposições para, desde e até, naturalmente o artigo não receberá o acento indicador de crase. 

Exemplo:

Ficamos na reunião desde as 12h.

Marcaram o encontro no restaurante para as 20h.

Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h.

 

3.     Antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar, modo.

Exemplo:

Às vezes chegamos mais cedo à escola.

Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário.

   

4.     A crase a maioria das vezes não vai ocorrer antes de palavras masculinas:


Isso acontece porquê antes da palavra masculina não ocorre o artigo feminino “a

Exemplo:

O pagamento das dívidas foi feito a prazo.

Os primos foram para a fazenda andar a cavalo.

Tempere com pimenta e sal a gosto.

Existe um caso em que o indicador de crase pode ocorrer antes de uma palavra masculina. Isso acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver implícita na frase.

 Exemplo:

Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto Carlos).

Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé).

Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV).

 

5.     Casos em que a crase é opcional


Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional.  

Exemplo:

Eu devo satisfações à minha mãe / Eu devo satisfações a minha mãe.

Antes de substantivos femininos próprios: Vale lembrar que, antes de nomes próprios femininos, o uso da crase é opcional, até porque o artigo antes do nome não é obrigatório.

Exemplo:

Carlos fez um pedido à Mariana / Carlos fez um pedido a Mariana.

Depois da palavra até: Se depois da preposição até houver uma palavra feminina que admita artigo, a crase será opcional.

Exemplo:

Os amigos foram até à praça General Osório / Os amigos foram até a praça General Osório.

    


                                                                                                    Amanda F. Boraiko

                                                                                                    PET/ Letras 

                                                                                                    2 ° Ano Letras


REFERÊNCIAS

Só Português. Cinco dicas simples sobre o uso da crase. Disponível em: https://www.portugues.com.br/amp/gramatica/cinco-dicas-simples-sobre-uso-crase.html.

Toda Matéria. Crase: Tudo sobre a Crase! quando usar e dicas. Disponível em: www.todamateria.com.br/crase/amp/?usqp=mq .

 

 

 

 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

 

Neutros da segunda declinação

Paulo Prado

 

            De acordo com Souza (p. 21), a segunda declinação possui quatro formas diferentes, com desinências no caso nominativo singular: US, ER, IR e UM. O latim possui três gêneros: masculino, feminino e neutro. Os neutros são os que apresentam nominativo com a desinência UM. Porém, apresentam desinência semelhante em três casos iguais tanto no singular quanto no plural. Os casos são: o nominativo, o acusativo e o vocativo, que no singular terminam em UM e no plural, terminam em A. Vejamos na tabela abaixo a declinação da palavra bellum (guerra):

Casos

Singular

Plural

Nominativo

Genitivo

Dativo

Acusativo

Vocativo

Ablativo

Bellum

Belli

Bello

Bellum

Bellum

Bello

Bella

Bellorum

Bellis

Bella

Bella

Bellis

 

            Vejamos agora a tradução de uma frase contendo bellum, palavra do exemplo acima:

As guerras sempre trazem prejuízos aos homens

            Ao analisarmos a estrutura da sentença, observamos que “as guerras” é o sujeito da oração e está no plural, logo traduz-se, para o latim, no nominativo plural, com desinência A. A palavra sempre traduzimos para o latim como SAEPE. O verbo da oração é “trazem” e está na terceira pessoa do plural, no presente do indicativo e é um verbo transitivo direto e indireto, em latim o verbo é PORTARE (trazer). “Prejuízos” é o objeto direto e está no plural, em latim traduzimos para o caso acusativo plural, DAMNA, outra palavra dos neutros. “Aos homens” é o objeto indireto, em latim traduzimos para o caso dativo plural, VIRIS. A frase traduzida fica da seguinte maneira:

Bella saepe portant damna viris.

Referência:

SOUZA, Ari José de. Estudos latinos I. Disponível em: http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1248/57/SOUSA%2C%20Ari%20Jos%C3%A9%20de%20-%20Estudos%20Latinos%20I.pdf. Acesso em: 06 out. 2020.

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