Latim:
os casos latinos
Paulo R. Prado e
Érika Müller
De
acordo com Souza, caso é a maneira de escrever uma palavra, em Latim, de acordo
com a função que ela exerce em na oração, ou seja, sua função sintática. Pra
cada função existe um caso, que recebe um nome específico
O
caso Nominativo traduz o sujeito da
oração. A maneira mais fácil de encontrar o sujeito de uma oração é fazer a
pergunta ao verbo. Quem ou quê? Ex: Na frase “Pedro chutou a bola”,
pergunta-se: “quem chutou a bola?” A resposta será: Pedro. Sendo assim, Pedro é
o sujeito da oração e será traduzido, em latim, para o caso nominativo.
O
caso Genitivo
serve para traduzir o adjunto adnominal restritivo. Na frase “A casa de Pedro é
grande”, a palavra Pedro está exercendo a função de adjunto adnominal
restritivo. No latim, traduz-se para o caso genitivo. No português, pode ser
identificado pelas preposições “do, da, dos, das, de”.
O
caso Dativo serve para traduzir o
objeto indireto. Na frase “João depende de Pedro”, o verbo depender é
transitivo indireto e requer um objeto indireto, pois depende de alguém ou de
alguma coisa, não se pode dizer diretamente “João depende Pedro”, entre o verbo
depender e Pedro, há um obstáculo, a preposição “de”, por isso, sua passagem é
indireta. Traduzido, para o português, a palavra é acompanhada por uma dessas
preposições: “a, ao, para, de”.
O
caso Acusativo serve para traduzir o
objeto direto. Na frase “Maria amava Pedro”, o verbo “amar” é transitivo
direto, sendo assim, ocorre a presença de um objeto direto que, no caso é “Pedro”,
pois quem ama, ama alguém ou alguma coisa. Sendo assim, “Pedro” será traduzido,
para o latim, no caso acusativo, devido à sua função sintática na oração.
O
caso Vocativo serve para traduzir o
vocativo, essa palavra significa chamado. Ela pode ocupar três posições numa frase,
pode vir no início da frase, no meio ou no fim. Ex: Na frase: “Pedro, faça a
sua tarefa”, o vocativo, no caso, “Pedro” está no início da oração, pode ainda
estar no meio como na frase “Faça, Pedro, a sua tarefa” ou ainda no final da
oração com “Faça a sua tarefa, Pedro”. O uso de vírgulas é comum tanto no latim
como no português e pode auxiliar na identificação do vocativo.
O
sexto, e último caso, chama-se Ablativo,
traduz a maioria dos adjuntos adverbiais que não são poucos, serve ainda para
traduzir o agente da voz passiva. Um dos exemplos de como o caso ablativo pode
ocorrer é adjunto adverbial de lugar “onde”, que indica o lugar onde alguém ou
algo está: “estamos em casa” “estamos na sala”.
A primeira declinação latina
Declinar
uma palavra, segundo Souza, significa escrevê-la nos seis casos latinos, de
acordo com a função sintática exercida por ela no contexto da oração. Nos
dicionários, é comum as palavras serem apresentadas no nominativo seguidas da
desinência referente ao caso genitivo, como a palavra “luna-ae”. No nominativo
singular, “luna”, possui desinência “a” e no genitivo singular possui
desinência “ae”. Luna (lua) é uma palavra de primeira declinação, antes de
iniciar a declinação, seu radical deve ser identificado, o radical de “luna” é lun, após identificar o radical da
palavra, basta seguir com a declinação dos outros casos latinos. Segue abaixo a
declinação das palavras “luna-ae”, “stella-ae” e “corona-ae”:
Referência:
SOUZA, Ari José de. Estudos latinos I.
Disponível em: http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1248/57/SOUSA%2C%20Ari%20Jos%C3%A9%20de%20-%20Estudos%20Latinos%20I.pdf.
Acesso em: 25 maio.
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