segunda-feira, 25 de maio de 2020


Latim: os casos latinos
Paulo R. Prado e
Érika Müller

De acordo com Souza, caso é a maneira de escrever uma palavra, em Latim, de acordo com a função que ela exerce em na oração, ou seja, sua função sintática. Pra cada função existe um caso, que recebe um nome específico
O caso Nominativo traduz o sujeito da oração. A maneira mais fácil de encontrar o sujeito de uma oração é fazer a pergunta ao verbo. Quem ou quê? Ex: Na frase “Pedro chutou a bola”, pergunta-se: “quem chutou a bola?” A resposta será: Pedro. Sendo assim, Pedro é o sujeito da oração e será traduzido, em latim, para o caso nominativo.
O caso Genitivo serve para traduzir o adjunto adnominal restritivo. Na frase “A casa de Pedro é grande”, a palavra Pedro está exercendo a função de adjunto adnominal restritivo. No latim, traduz-se para o caso genitivo. No português, pode ser identificado pelas preposições “do, da, dos, das, de”.
O caso Dativo serve para traduzir o objeto indireto. Na frase “João depende de Pedro”, o verbo depender é transitivo indireto e requer um objeto indireto, pois depende de alguém ou de alguma coisa, não se pode dizer diretamente “João depende Pedro”, entre o verbo depender e Pedro, há um obstáculo, a preposição “de”, por isso, sua passagem é indireta. Traduzido, para o português, a palavra é acompanhada por uma dessas preposições: “a, ao, para, de”.
O caso Acusativo serve para traduzir o objeto direto. Na frase “Maria amava Pedro”, o verbo “amar” é transitivo direto, sendo assim, ocorre a presença de um objeto direto que, no caso é “Pedro”, pois quem ama, ama alguém ou alguma coisa. Sendo assim, “Pedro” será traduzido, para o latim, no caso acusativo, devido à sua função sintática na oração.
O caso Vocativo serve para traduzir o vocativo, essa palavra significa chamado. Ela pode ocupar três posições numa frase, pode vir no início da frase, no meio ou no fim. Ex: Na frase: “Pedro, faça a sua tarefa”, o vocativo, no caso, “Pedro” está no início da oração, pode ainda estar no meio como na frase “Faça, Pedro, a sua tarefa” ou ainda no final da oração com “Faça a sua tarefa, Pedro”. O uso de vírgulas é comum tanto no latim como no português e pode auxiliar na identificação do vocativo.
O sexto, e último caso, chama-se Ablativo, traduz a maioria dos adjuntos adverbiais que não são poucos, serve ainda para traduzir o agente da voz passiva. Um dos exemplos de como o caso ablativo pode ocorrer é adjunto adverbial de lugar “onde”, que indica o lugar onde alguém ou algo está: “estamos em casa” “estamos na sala”.

A primeira declinação latina

            Declinar uma palavra, segundo Souza, significa escrevê-la nos seis casos latinos, de acordo com a função sintática exercida por ela no contexto da oração. Nos dicionários, é comum as palavras serem apresentadas no nominativo seguidas da desinência referente ao caso genitivo, como a palavra “luna-ae”. No nominativo singular, “luna”, possui desinência “a” e no genitivo singular possui desinência “ae”. Luna (lua) é uma palavra de primeira declinação, antes de iniciar a declinação, seu radical deve ser identificado, o radical de “luna” é lun, após identificar o radical da palavra, basta seguir com a declinação dos outros casos latinos. Segue abaixo a declinação das palavras “luna-ae”, “stella-ae” e “corona-ae”:





Referência:


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