Latim:
verbos
Érika
Müller e Paulo R. Prado
Como pudemos ver anteriormente, caso é a
maneira de escrever a palavra, em latim, de acordo com a função que ela exerce
na oração. Portanto, para que possamos realizar a tradução, é muito importante
que saibamos identificar cada uma dessas funções. Hoje falaremos sobre o verbo.
Verbo é a classe de palavras que se
flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. O verbo indica ação, estado ou
fenômeno natural.
Dentro da oração, o verbo se relaciona
de formas diferentes com os outros complementos. Chamamos essa relação de regência verbal, ou seja, a forma como
o verbo se liga ao objeto direto e ao objeto indireto.
Verbos
de predicação completa (verbo intransitivo): são aqueles que
não precisam de complemento (objeto indireto).
Exemplo:
O giz
caiu.
O passarinho voou.
O homem morreu.
Verbos
de predicação incompleta (verbo transitivo): são aqueles que
precisam de complemento (objeto direto).
Exemplo:
O professor disse.
O Pedro comprou,
Vocês precisam.
Verbos
bitransitivos: são aqueles que transitam entre o objeto
direito e indireto.
Exemplo:
O rapaz doou flores para a namorada.
Doou: objeto direto.
Namorada: objeto indireto.
Para identificarmos o objeto direto e o
objeto indireto, olhemos para a presença de preposição e/ou artigo.
Exemplo:
O menino comeu o doce.
(Objeto direto – verbo transitivo)
O menino gosta de doce.
(Objeto indireto – verbo intransitivo)
O menino doou doces para a amiga.
(Objeto indireto e objeto direto – verbo
bitransitivo)
Verbo
de primeira conjugação latina
Segundo Souza, na língua portuguesa, são
três as conjugações. Os verbos terminados em AR, como amar, cantar, dançar,
estudar etc. são de primeira conjugação; os verbos terminados em ER, como
temer, beber, comer, vender etc. são de segunda conjugação; os verbos
terminados em IR, como sorrir, partir, ouvir, vir são de terceira conjugação.
Já em latim, segundo Souza, existem
quatro conjugações, quais sejam, os verbos terminados em ARE como amare = amar,
laudare = louvar, cantare = cantar etc, pertencem à primeira conjugação; os
verbos terminados em ERE, como delere = destruir, habere = ter, terrere =
espantar, docere= ensinar, etc. pertencem à segunda; os verbos terminados em
ERE como legere= ler, perdere = perecer, disponere = dispor etc. pertencem à
terceira conjugação, sendo o E longo, enquanto o E da segunda conjugação é
breve. É como se fossem dessa forma: delére, segunda conjugação, légere, terceira
conjugação.
Os verbos de primeira conjugação são
conjugados nos modos e tempos como em português.
Exemplo:
Conforme Souza, para encontrar o radical
do verbo, parte invariável, basta retirar a desinência ARE, da forma do
infinitivo do verbo. Por exemplo, no verbo conjugado acima, a forma do
infinitivo é amare, retirando a desinência are, temos am, logo o radical do verbo é am,
então basta acrescentar as desinências.
Referência:
Regência
verbal. Disponível em https://www.conjugacao.com.br/regencia-verbal/. Acesso em: 01
jun. 2020.
Só
português. Disponível em:
https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php. Acesso em: 01 jun. 2020.
SOUZA,
Ari José de. Estudos latinos I. Disponível em:
http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1248/57/SOUSA%2C%20Ari%20Jos%C3%A9%20de%20-%20Estudos%20Latinos%20I.pdf.
Acesso em: 01 jun. 2020.
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