segunda-feira, 1 de junho de 2020


Latim: verbos
Érika Müller e Paulo R. Prado

Como pudemos ver anteriormente, caso é a maneira de escrever a palavra, em latim, de acordo com a função que ela exerce na oração. Portanto, para que possamos realizar a tradução, é muito importante que saibamos identificar cada uma dessas funções. Hoje falaremos sobre o verbo.

Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. O verbo indica ação, estado ou fenômeno natural.
Dentro da oração, o verbo se relaciona de formas diferentes com os outros complementos. Chamamos essa relação de regência verbal, ou seja, a forma como o verbo se liga ao objeto direto e ao objeto indireto.
Verbos de predicação completa (verbo intransitivo): são aqueles que não precisam de complemento (objeto indireto).
Exemplo:
O giz caiu.
O passarinho voou.
O homem morreu.
Verbos de predicação incompleta (verbo transitivo): são aqueles que precisam de complemento (objeto direto).
Exemplo:
O professor disse.
O Pedro comprou,
Vocês precisam.
Verbos bitransitivos: são aqueles que transitam entre o objeto direito e indireto.
Exemplo:
O rapaz doou flores para a namorada.
Doou: objeto direto.
Namorada: objeto indireto.

Para identificarmos o objeto direto e o objeto indireto, olhemos para a presença de preposição e/ou artigo.
Exemplo:
O menino comeu o doce.
(Objeto direto – verbo transitivo)

O menino gosta de doce.
(Objeto indireto – verbo intransitivo)

O menino doou doces para a amiga.
(Objeto indireto e objeto direto – verbo bitransitivo)

Verbo de primeira conjugação latina
Segundo Souza, na língua portuguesa, são três as conjugações. Os verbos terminados em AR, como amar, cantar, dançar, estudar etc. são de primeira conjugação; os verbos terminados em ER, como temer, beber, comer, vender etc. são de segunda conjugação; os verbos terminados em IR, como sorrir, partir, ouvir, vir são de terceira conjugação.
Já em latim, segundo Souza, existem quatro conjugações, quais sejam, os verbos terminados em ARE como amare = amar, laudare = louvar, cantare = cantar etc, pertencem à primeira conjugação; os verbos terminados em ERE, como delere = destruir, habere = ter, terrere = espantar, docere= ensinar, etc. pertencem à segunda; os verbos terminados em ERE como legere= ler, perdere = perecer, disponere = dispor etc. pertencem à terceira conjugação, sendo o E longo, enquanto o E da segunda conjugação é breve. É como se fossem dessa forma: delére, segunda conjugação, légere, terceira conjugação.
Os verbos de primeira conjugação são conjugados nos modos e tempos como em português.
Exemplo:

Conforme Souza, para encontrar o radical do verbo, parte invariável, basta retirar a desinência ARE, da forma do infinitivo do verbo. Por exemplo, no verbo conjugado acima, a forma do infinitivo é amare, retirando a desinência are, temos am, logo o radical do verbo é am, então basta acrescentar as desinências.

Referência:
Regência verbal. Disponível em https://www.conjugacao.com.br/regencia-verbal/. Acesso em: 01 jun. 2020.
Só português. Disponível em: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php. Acesso em: 01 jun. 2020.
SOUZA, Ari José de. Estudos latinos I. Disponível em: http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1248/57/SOUSA%2C%20Ari%20Jos%C3%A9%20de%20-%20Estudos%20Latinos%20I.pdf. Acesso em: 01 jun. 2020.

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