Uso dos porquês
Sabrina Markoski
Na oralidade, não
prestamos atenção ao uso dos porquês, isso ocorre pois entendemos o objetivo de
cada porquê com base no contexto em que ele é utilizado e de acordo com a
entonação atribuída. Já na escrita, é importante atentar-se às particularidades
dos porquês, para que o seu leitor possa compreender corretamente o texto, para
que este esteja de acordo com a norma e também, para que pontos de textos
propostos por vestibulares e outros concursos não sejam descontados devido ao emprego incorreto de um porquê.
Por que
O “por que” pode ser
entendido como uma preposição (por) seguida por um pronome (que). Equivale a expressões
como “por qual motivo” e “por qual razão”. E o mais importante: o “por que” é utilizado
em perguntas.
Exemplo: Por que você
não assistiu à série que recomendei?
Por quê
O “por quê”, assim como
o “por que”, é usado em orações interrogativas. Porém, ele surge no final das
frases, antes de um ponto final (. ? !) ou de reticências. A sequência “por quê”
deve ser grafada com o acento ^, devido a posição da frase.
Exemplo: Você não
assistiu à série que recomendei. Por quê?
Porque
A forma “porque” é uma
conjunção explicativa, ou seja, será usada em respostas. Equivale a expressões como:
“pois”, “já que”, “uma vez que”, “como”, entre outras.
Exemplo: Eu não assisti
à série porque não tive tempo.
Porquê
O “porquê” também é
utilizado para orações explicativas, entretanto, ele também pode aparecer em frases
como: “Me explique o porquê do seu atraso.”. Essa forma, “porquê”, é um substantivo,
portanto, pode ser pluralizado. Ele significa causa, motivo, e, em geral, surge
antecedido por um determinante (um artigo, por exemplo).
Exemplo: Eu não tive
tempo, esse é o porquê de não ter assistido à série.
Referências:
CIPRO Neto, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2008.
Referências:
CIPRO Neto, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2008.
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