segunda-feira, 15 de junho de 2020


Uso dos porquês

Sabrina Markoski

     Na oralidade, não prestamos atenção ao uso dos porquês, isso ocorre pois entendemos o objetivo de cada porquê com base no contexto em que ele é utilizado e de acordo com a entonação atribuída. Já na escrita, é importante atentar-se às particularidades dos porquês, para que o seu leitor possa compreender corretamente o texto, para que este esteja de acordo com a norma e também, para que pontos de textos propostos por vestibulares e outros concursos não sejam descontados devido ao emprego incorreto de um porquê. 

     Por que

   O “por que” pode ser entendido como uma preposição (por) seguida por um pronome (que). Equivale a expressões como “por qual motivo” e “por qual razão”. E o mais importante: o “por que” é utilizado em perguntas.
    Exemplo: Por que você não assistiu à série que recomendei?

    Por quê

   O “por quê”, assim como o “por que”, é usado em orações interrogativas. Porém, ele surge no final das frases, antes de um ponto final (. ? !) ou de reticências. A sequência “por quê” deve ser grafada com o acento ^, devido a posição da frase.
    Exemplo: Você não assistiu à série que recomendei. Por quê?

    Porque

  A forma “porque” é uma conjunção explicativa, ou seja, será usada em respostas. Equivale a expressões como: “pois”, “já que”, “uma vez que”, “como”, entre outras.
    Exemplo: Eu não assisti à série porque não tive tempo.
    
    Porquê

   O “porquê” também é utilizado para orações explicativas, entretanto, ele também pode aparecer em frases como: “Me explique o porquê do seu atraso.”. Essa forma, “porquê”, é um substantivo, portanto, pode ser pluralizado. Ele significa causa, motivo, e, em geral, surge antecedido por um determinante (um artigo, por exemplo).
   Exemplo: Eu não tive tempo, esse é o porquê de não ter assistido à série.



   Referências:
  CIPRO Neto, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2008.



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